Esse texto não é meu.
Recebi essa semana de um amigo um vídeo da TED que, apesar de ser muito fã da plataforma, eu ainda não tinha assistido. É uma palestra de 2010 do Matt Ridley: Quando as ideias fazem sexo.
Achei muito interessante a visão dele sobre como nós interagimos para gerar ideias, e de que tudo que fazemos é fruto da combinação e troca desse conhecimento através da especialização. Quanto mais existe troca, mais evoluímos tecnologicamente.
Ele também mostra o caminho oposto, como a centralização e perda de especialização nos fecha e nos limita. Além de pararmos de evoluir, passamos a regredir.
Um pouco da nossa história.
Quando fundamos a Newbacon em 2004, nosso propósito era ser uma agência focada em CRM. Nem preciso falar o quanto era complexo falar sobre esse assunto e comercializar esse tipo de serviço naquela época.
Em meados de 2008, começamos a seguir a tendência de várias agências. O famoso "já que fazemos isso, por que não fazer aquilo também?" E pronto, viramos uma Full Agency. Perdemos o nosso propósito inicial e passamos a operar o modelo One Stop Shop.
Em 2011, decidimos dar um basta nessa história e voltar aos nossos valores e não apenas seguir o que o mercado estava ditando. Foi uma decisão dura e muito difícil, já que mais de 60% do nosso faturamento vinha desse modelo.
O ponto principal era:
Se nascemos para ser a melhor agência Data Driven, não dava para dividir o foco com outras frentes.
Desde então somos 100% focados em CRM, já vimos várias ondas de modelos de agência irem e virem, mas nada mais nos tira da rota.
E quando falamos de foco e especialização temos um ditado:
Se você quiser fazer uma consulta genérica sobre a sua saúde, você pode ir ao clínico geral. Agora, se você precisa operar o cérebro, você procura um especialista.
Trabalhar com dados/CRM é exatamente isso.
Receber esse vídeo me fez relembrar da nossa decisão e pensar em tudo que evoluímos desde então, como agência e profissionais. Hoje, somos infinitamente melhores do que antes, estamos sempre evoluindo e ficando cada vez mais especialistas no que fazemos.
Trabalhamos em conjunto com os nossos clientes e também com outras agências, cada um no seu quadrado. Trocamos serviços, ideias, conhecimentos e evoluímos muito com esse modelo. Afinal, isso é algo natural dos seres humanos.
Movimentos que vão e vêm...
Ano passado, vi novamente o início do movimento de agências in-house. Acredito que esse modelo só funciona sendo híbrido, ou seja, a agência in-house faz parte de um pool de agências que irá atender a demanda. Sem essa troca, vemos casos que já aconteceram no passado, uma involução e perda da troca de ideias.
Outro fenômeno recente é o FOMO (Fear of Missing Out), queremos estar sempre a par de tudo, saber tudo, etc... Acredito que esse comportamento é um erro que estamos cometendo nesses tempos modernos (e eu faço parte desse grupo). Definitivamente não precisamos saber tudo, afinal isso é, de fato, impossível e extremamente improdutivo. Precisamos nos lembrar que é o conhecimento combinado e as trocas que nos fazem crescer, evoluir.
Como eu disse no título, esse texto não é meu.
Ele é fruto de milhares de trocas de ideias, experiências e conhecimentos que foram feitos ao longo do tempo, e que eu tenho o privilégio de participar.
Agradecimentos especiais ao meu amigo Guilherme, que trocou esse conhecimento comigo e às milhares de pessoas anônimas que fizeram parte dessa rede que me proporcionou escrever e publicar esse post.